Alice Poésy
| Assunto: Família Poésy (Em edição) fevereiro 9th 2011, 21:24 | |
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×POÉSY×- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -w h o a r e t h e s e p e o p l e s s o c r a z i e s ?A família Poésy está longe de ser normal e tranqüila, alguns dizem que ela foi amaldiçoada ao longo dos anos, outros dizem que as pessoas são apenas perturbadas pelo passado que possui imagens violentas. E infelizmente é dessa família que o pai de Alice e Claire é descendente direto. As tragédias aconteceram antes mesmo que ambas nascessem, mas os acontecimentos continuam a segui-las. Tudo começou logo após o nascimento do primeiro filho de Cloud e Belle. Era um grande e forte menino para a alegria deles. Principalmente para Cloud, o qual era orgulhoso e ficou feliz por ter um filho que pudesse continuar com o nome da família. Eles eram uma família de poder na França. Possuíam terras, dinheiro e bastante poder na sociedade, que havia sido passada em varias gerações para Cloud. Ele era um importante político em seu país, e esperava que seu filho, Edmond, seguisse o mesmo caminho que ele. Belle vinha de uma família importante da França, e assim como seu marido tinha importância na sociedade, mas como era mulher não pode manter seu sobrenome original e mudou para o de seu marido.
A vida deles era completamente estável depois do nascimento de Edmond, mas para o desgosto de seu pai, Edmond nunca pode ganhar um irmão devido a alguns problemas de saúde que sua mãe teve após seu nascimento. Isso sempre gerou alguns conflitos dentro da grande casa em que viviam, mas nunca teve alguma repercussão muito grande.
Assim que Edmond atingiu a maior idade todos esperavam que ele fosse seguir os passos do pai e se tornar um político, mas para desgosto e desespero de todos, ele decidiu que queria fazer uma faculdade de economia nos EUA. Seu pai não conseguia suportar a idéia de seu único filho recusar-se de continuar com a tradição da família, e principalmente dele ir estudar fora do seu país. Uma verdadeira guerra começou dentro da casa, até que Cloud tomou a decisão de expulsar seu filho de casa e deserdá-lo. Belle, sua mãe, não conseguiu suportar ver seu filho fora de casa sem ter para onde ir e decidiu enfrentar seu marido pela primeira vez. Para o grande alivio de Edmond, ele não estava presente em casa a noite em que sua mãe foi assassinada brutalmente pelo seu pai. Ele soube do acontecimento nos jornais dois dias depois quando seu pai foi preso e condenado a prisão perpétua. Foi uma grande vergonha para sua família, uma verdadeira humilhação publica.
Envergonhada, perturbado e completamente humilhado, Edmond deixou o país sem olhar para trás e foi cursar Economia em New York. Foi após deixar a França que ele conheceu a mulher a qual se casou futuramente.
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Diferente da família Poésy, a família Basen sempre foi tranqüila. Era uma família de classe média baixa a qual era formada por Damon e Susan. Ambos haviam acabado de se casar e estava começando uma nova família no Brooklin. Muito trabalhador Damon sempre lutou para conseguir o que queria. Era um homem honesto, de bom coração e apaixonado pela sua esposa. Susan, assim como o marido, também era uma mulher batalhadora e não se importava de trabalhar para ajudar a pagar as contas da casa. Alguns anos após o casamento eles receberam uma linda filha como presente. Grace era uma pequena menina de cabelos escuros que assim como os pais tinham tudo para ser uma grande lutadora. Ela cresceu sendo criada pela sua mãe enquanto seu pai trabalhava para sustentar elas.
Sua vida sempre foi tranqüila e feliz. Eles não tinham muito dinheiro, mas viviam bem com o pouco que tinham. Grace já havia atingido a maior idade quando conseguiu um emprego em uma lanchonete. Seu sonho era conseguir fazer uma faculdade um dia, mas como nunca teve condições para pagar um bom estudo, não havia conseguido entrar em uma até então. Mas mesmo assim ela não havia desistido de conseguir realizar seu sonho.
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Foi trabalhando em uma lanchonete que Grace Basen conheceu Edmond Poésy. Um lindo e encantador Frances que se apaixonou a primeira vista por ela. Eles eram de classes completamente diferentes. Ele era um rico e conhecido Frances. Ela uma simples plebéia que se apaixonara por um rei.
O namoro não durou muito e em menos de um mês eles estavam no altar. Grace estava tão apaixonada pelo encantador Frances que não sabia muito de seu passado, não sabia que seu pai havia matado sua pobre mãe e que isso havia o deixado perturbado por dentro, por mais que por fora mostrasse o oposto.
O começo do casamento era maravilhoso. Eles eram jovens, apaixonados, moravam em um pequeno apartamento no Brooklin e não tinham muitas contas a pagar. Mas apenas cinco anos depois do casamento uma surpreendente e animada noticia encheu a casa de alegria. Grace estava esperando um filho. Devido à criação de Edmond ele esperava que fosse um menino, afinal, alguém tinha que continuar com o nome da família, mesmo que essa já havia perdido toda a reputação que existia antes.
Para o grande desapontamento de Edmond ele havia ganhado uma linda filha chamada Alice. Com a chegada do bebê as despesas aumentaram e Edmond não tinha um bom emprego, enquanto Grace havia deixado o seu para cuidar de sua filha. Dividas começaram surgir e as brigas na casa também. Conforme Alice crescia as brigas começaram se tornar cada vez mais freqüente na casa, e o clima já era pesado. Um anos após o seu nascimento, seus avós maternos morre em um acidente de ônibus. Grace estava devastada. Um péssimo casamento com um homem que se tornou bruto depois de alguns anos, e agora ela não tinha mais ninguém a recorrer.
Os anos se passaram, e as brigas estavam cada vez pior. Grace vivia a base de anti-depressivos e Edmond passava mais tempo em bar do que em casa, para não ter que olhar para sua esposa. Era uma noite de outubro, Alice tinha apenas 2 anos de idade, quando seus pais brigavam mais uma vez. Quando a briga finalmente cessou, após Edmond deixar a casa e ir novamente para o bar, Grace levou a Alice para a vizinha e pediu para que ficasse com ela até Edmond voltasse. Grace seguiu então de volta para casa e cometeu suicídio em seu quarto de casal.
Foi um choque para todos na vizinhança quando souberam do que havia ocorrido naquela noite. Mas não para Alice. Ela era pequena e muito nova para conseguir entender o que estava se passando, mas mesmo assim sentia falta da sua amável mãe.
Um ano após a morte de Grace, Edmond se casou novamente. Mas dessa vez foi com uma mulher de classe alta, a qual pode dar todo o dinheiro que ele sentia falta. Ela era se formada em moda, vinha de uma família tradicional e possuía poder. Era tudo o que Edmond queria no momento: poder. Assim se seguiu um casamento sem amor e apenas com interesse por muitos anos.
A madrasta não ligava muito para Alice, afinal não era filha dela e ela mesma não possuía filhos ainda. Mas quando Alice completara 4 anos recebeu de presente uma irmãzinha. Ela estava animada por ter alguém para brincar, a madrasta estava feliz por ter sua filha e Edmond não gostou de ter tido outra menina. Seu orgulho e obsessão de manter o nome da família estavam tomando sua mente.
Três meses depois do nascimento de Claire ele cometeu a maior loucura de sua vida. A ultima coisa que ele devia seguir eram os passos de seu pai. Era tudo que ele nunca quis fazer, mas em um ato de loucura foi exatamente o que ele fez. Matou a sua esposa a sangue frio enquanto ela dormia e depois se matou.
Sem ter qualquer parente vivo para cuidar das meninas, elas foram mandas para uma casa de adoções. Como Claire era apenas um bebê ela foi adotada rapidamente, enquanto Alice permaneceu na casa anos e mais anos. Ela ia crescendo no meio de meninas que iam e vinham, algumas passaram por experiências parecidas com a dela, outras estavam ali por outros motivos, mas todas não tinham alguém que as amava e queriam elas.
Alice sempre se sentiu muito só e para ocupar a cabeça gostava de ler livros sobre historia, contos e alem de tudo gostava de pesquisar sobre a vida das outras meninas. Ela era curiosa oras...
Já haviam se passado treze anos e agora Alice estava quase atingindo a maior idade e finalmente poderia sair da casa de adoções. Algumas vezes procuraram adotar ela, mas como ela já estava grande as pessoas desistiam. Mas ela era forte e não deixava se abater por isso. Sempre que se sentia muito sozinha, procurava por uma caixinha de lata que guardava sob o colchão de sua cama e pegava as fotos que tinha dos seus pais e de sua irmã.
Claire. Alice sentia muita falta da sua pequena irmã. Sentia mais não ter noticias e nem contato com ela, afinal elas eram a única coisa que sobrou da família Poésy e queria poder cuidar de sua pequena irmã.
Alguns meses antes de completar 18 anos, um homem Frances desconhecido foi procurar ela na casa de adoção. Esse homem deu a noticia que seu avô paterno havia falecido na prisão e que agora ela e a irmã herdaram todo o dinheiro e propriedades do seu avô, já que o seu pai também havia falecido. Era estranho ter essa noticia afinal ela não teve muito contato com o pai e nunca soube da existência desse avô.
Assim que completou 18 anos, deixou a casa de adoções e como já era maior de idade podia gastar sua parte da fortuna que o seu avô desconhecido tinha deixado. Comprou uma casa em Manhattan e mudou-se para lá. Arrumou um emprego como jornalista e em seu tempo livre se dedicava em encontrar sua irmã que ainda estava desaparecida. Talvez tivesse mudado ela de nome, afinal ela era uma pequena bebê quando foi adotada.
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y o u r e m e m b e r t h o s e m o m e n t s ?Estava sentada na cama com o meu livro de historia aberto no colo. As aulas já haviam acabado, e estava de férias. Mas historia?! Nunca foi um dever para mim. Era algo que eu gostava de fazer. No mesmo quarto que eu se encontrava mais cinco camas, duas delas estavam ocupadas por meninas que dormiam em um sono profundo. As outras camas estavam desocupadas, já que suas donas estavam brincando no andar de baixo. Eu estava agradecida por estar prestes a completar 18 anos, gostava daquela casa, das funcionarias que sempre foram amável comigo. Mas não conseguia mais conviver com todo aquele sofrimento que vagava no ar.
Com leves batidas na porta uma funcionaria entrou no quarto e disse que tinha alguém me aguardando na sala de adoções. Fiquei me questionando se alguém queria me adotar agora que já ia completar a maior idade e não precisava da guarda de alguém.
A pequena ponta de esperança que havia se formado desapareceu assim que ela adentrou a sala. Um homem de cabelo grisalho, vestindo terno e segurando uma maleta de couro preto a esperava do outro lado da sala. Começou a se questionar novamente sobre o que isso se tratava. Mesmo tendo sido criada em uma casa de adoções, educação nunca a faltou. –Bom dia- Disse com um leve sorriso simpático no rosto, que foi retribuído da mesma forma pelo senhor. “Bom Dia, Alice Poésy” Ele disse com um sotaque engraçado que me deu vontade de rir, mas consegui conter essa vontade e permaneci no lugar. “Sente-se, precisamos conversar” O senhor falou novamente com o sotaque, e Alice sentou na cadeira que tinha de um lado da mesa. Ao longe, aquela sala parecia mais uma sala de interrogatório de policia. Havia uma mesa de madeira ao centro, de um lado possuía uma cadeira e de frente duas cadeiras. Geralmente essa sala era usada para que os pais adotivos pudessem conversar com a criança que pretendiam adotar. E podia dizer que sentar-se a essa mesa era muito incomodo.
O senhor sentou-se a sua frente, abriu a maleta, tirando alguns papeis e colocou-os sobre a mesa. “Deve estar se perguntando por que estou aqui...” Era difícil se concentrar no que o senhor falava com aquele sotaque. Era mais difícil ainda não cair na gargalhada. “... vim tratar alguns assuntos de família” Não deixei de erguer uma sobrancelha para o senhor. Afinal, que família?! Até onde eu sei, estava em uma casa de adoções por não ter uma família. “O seu avô paterno faleceu a uma semana na prisão da França.” Piscava incrédula para ele, enquanto ele olhava separava os papeis e me entregava um bolo deles. “E como seu pai já faleceu, toda a herança é sua e de sua irmã.” Meu queixo caiu na mesa quando ele pronunciou a palavra ‘herança’ nunca pensei que receberia nada do tipo. Meu pai não tinha dinheiro, e nem a minha mãe. Minha madrasta tinha, mas era tudo da minha irmã. E esse avô misterioso que eu nunca soube?! Podia jurar que a família do meu pai estava toda morta antes de eu nascer! “E posso lhe afirmar que ganhou uma boa fortuna.” Por sorte que já estava sentada, caso contrário teria caído dura no chão. –Fo, For, Fortuna?- gaguejei para ele parecendo muito surpresa. E estava! Se não bastasse ter alguém vivo da minha família que eu não sabia, ainda era rica?! “Isso mesmo. Esta tudo explicado no seu documento, o que é seu e o que é da sua irmã. Preciso que assine essas três folhas”. Ele me entregou as três folhas e uma caneta preta na mão. Caramba! Nunca tinha pegado uma caneta tão pesada na minha mão. Era feita do que?! Ouro? Não duvidava muito. Assinei os três papeis e entreguei de volta para o senhor. Ele guardou a caneta no bolso do terno e os papeis de volta na maleta.
Antes que ele deixasse a sala uma pergunta veio a cabeça e precisava saber. –O Senhor tem alguma noticia da minha irmã?- Ele me olhou surpreso pela pergunta e balançou a cabeça negativamente. “Não. Esperava que você soubesse de algo. Mas aparentemente ela passou por muitas famílias e talvez teve o nome mudado.” Alice se encostou na cadeira com o desapontamento invadindo-a. Essa talvez fosse a única esperança de ter noticias de Claire, mas pelo visto, ninguém sabia dela. “Tenha um bom dia” Ela escutou o senhor falar com o seu sotaque enquanto deixava a sala e Alice para trás. ____________________________________
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